Rubrica:
Organização e luta - A resposta necessária
Este número de O Militante fica assinalado pela primeira entrevista da
nossa revista ao Secretário-Geral do Partido, camarada Jerónimo de
Sousa. É uma entrevista importante e oportuna que de algum modo faz o
balanço do caminho percorrido desde o XVII Congresso, precisa a posição
do Partido sobre questões de grande actualidade, mostra que, num quadro
político de grande exigência e complexidade, existem condições para a
concretização da grande tarefa definida pelo Congresso e retomada pela
reunião do Comité Central de 11 e 12 de Novembro: o reforço da
organização e da intervenção do PCP, condição necessária e
indispensável para a ruptura democrática de esquerda que a situação de
crise que vivemos em Portugal reclama com cada vez maior urgência.
Alguns aspectos do processo de privatizações em Portugal (I)
No presente artigo iremos abordar alguns aspectos do processo de
privatizações em Portugal, desde o seu início em 1989 até praticamente
aos dias de hoje.
Petróleo e geopolítica
De todas as matérias-primas, nos países industrializados as mais
essenciais são as energéticas, aquelas que são utilizadas para produzir
trabalho ou calor, enfim, energia que faz funcionar as indústrias, os
transportes, os serviços e demais actividades económicas.
Declaração de Jerónimo de Sousa
1. As eleições Presidenciais que hoje ocorreram ficam
marcadas por dois elementos: a eleição de Cavaco Silva
e uma grande votação obtida pela minha candidatura que,
independentemente do desfecho final, constitui um estímulo para
a afirmação do projecto que a norteou e uma garantia de
que prosseguirá com confiança e determinação
o combate por um Portugal com futuro.
Para o desenvolvimento do país - A educação é pilar fundamental
por Jorge Pires
A Revolução de Abril forneceu condições políticas para uma profunda
democratização do ensino. Foram dados importantes passos no efectivo
cumprimento da escolaridade obrigatória, iniciou-se o processo de
lançamento da rede pública de educação infantil e da unificação do
ensino secundário, lançaram-se as bases da reestruturação de muitos
cursos. Apesar de todas as resistências das classes dirigentes, a
compreensão de que para a consolidação da democracia e para o progresso
social era fundamental uma reforma do ensino fez com que a
democratização da educação e da cultura fossem sentidas como uma
necessidade premente da nossa vida colectiva.
Batalhas eleitorais lançaram sementes novas
Concluído com êxito um longo ciclo eleitoral que envolveu três
consultas ao nosso Povo e a poucos dias do 85º aniversário do Partido
Comunista Português, impunha-se que O Militante fizesse a sua primeira
entrevista ao secretário geral do Partido, camarada Jerónimo de Sousa.
Revanchismo e contra-revolução social na Alemanha
por Rui Paz
Nas eleições parlamentares de Setembro de 2005, o eleitorado alemão
inflingiu, pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, uma
derrota simultânea ao governo de Schröder e à oposição conservadora.
Contrariando o sentido do voto popular, o Partido Social-Democrata
Alemão (SPD) e a CDU/CSU (democracia-cristã) optaram por formar uma
coligação dos derrotados, ignorando o repúdio popular por 15 anos de
política antisocial e revanchista que desde a anexação da RDA tem vindo
a ser praticada pelos governos de Kohl e de Schröder.
O anticomunismo e a ofensiva do imperialismo
por Jorge Cadima
A moção anticomunista apresentada e aprovada na Assembleia Parlamentar
do Conselho da Europa (APCE) em finais de Janeiro – embora sem as
recomendações aos governos europeus que acompanhavam a proposta inicial
– não é um mero episódio de crónica. É um sinal preocupante dos tempos
actuais, pelo seu conteúdo e pelo seu significado político.
O Arquivo Histórico - Federação Mundial da Juventude Democrática
por Joana Pereira
A JCP, actualmente na presidência da Federação Mundial da Juventude
Democrática (FMJD), tem vindo a promover, desde Dezembro de 2004, a
recuperação e conservação do acervo documental da organização. O
projecto, que conta com o apoio financeiro da UNESCO, tem por
objectivos a preservação destes testemunhos históricos e a divulgação
dos resultados da análise preliminar do seu conteúdo.
2006 Ano de reforço do Partido
O Comité Central na sua reunião de 11 e 12 de Novembro aprovou a
Resolução «Sim, é possível! Um PCP mais forte», em que se definem
prioridades e caminhos para a aplicação das orientações do XVII
Congresso e se aponta 2006, ano do seu 85.º Aniversário, como ano de
reforço do Partido a exigir concentração da atenção das organizações e
quadros do Partido.
Álvaro Cunhal no XIII Congresso - Sobre a identidade do Partido Comunista Português
Extractos da intervenção do Secretário-Geral do PCP, Álvaro Cunhal,
na abertura do XIII Congresso (Extraordinário) de Maio de 1990.
Em Março de 1961 - Uma reunião histórica do Comité Central
por Maria da Piedade Morgadinho
Nos anos de 1960/61 desenvolveu-se no PCP uma profunda discussão sobre
problemas políticos e ideológicos da actividade e da vida interna do
Partido, sobre a clarificação da via para o derrubamento do fascismo e
um conjunto de questões abrangendo a defesa do Partido, a política de
quadros, o trabalho de organização e direcção, os problemas
fundamentais da orientação e da táctica do. Procedeu-se a um sério
trabalho autocrítico do Comité Central que demonstrou a capacidade, a
coesão ideológica e a coragem política do PCP.
Partido Comunista Português - Características próprias a preservar
por Albano Nunes
«O PCP possui ricas experiências, institucionalizadas entretanto
apenas pela força da prática, por tratamento político e ideológico
disperso e pelo empenhamento criativo dos militantes. Considerou-se
útil que tais experiências de validade já demonstrada não corram o
risco de lhes ser atribuído apenas valor conjuntural, antes se traduzam
em princípios, que possam informar a orientação e a prática futura.»
Álvaro Cunhal - «O Partido com paredes de vidro», Introdução
Álvaro Cunhal - «O Partido com paredes de vidro», Introdução
Nos 30 anos de uma Constituição com futuro
por Vitor Dias
No próximo dia 2 de Abril completam-se trinta anos sobre a aprovação e
imediata promulgação da Constituição da República Portuguesa que
representaram – e representam ainda hoje – um marco de extraordinário
significado político e de grande alcance histórico no processo da
revolução do 25 de Abril.