Rubrica: Economia
O Estado e a economia de casino ao serviço da acumulação capitalista
por Anselmo Dias
Em anterior artigo de O Militante salientámos que o ataque ao Estado
democrático passou (e passa) pela descaracterização da Constituição.
Importa agora salientar que o ataque à democracia económica passou (e
passa) pelas privatizações – a expressão acabada da contra-revolução da
base material da Constituição –, com as quais se reverteu para um
reduzido número de oligarcas o que havia sido um valioso património do
Estado ao serviço do povo e do país. Um património que resultou das
nacionalizações levadas a cabo com o 25 de Abril e cuja dimensão
provocou a maior alteração da titularidade da propriedade de toda a
nossa história.
Indústria siderúrgica em Portugal. Uma retrospectiva oportuna
por Pedro Proença
Na prática, a actividade siderúrgica, com expressão industrial típica
do século XX, ainda que com grande atraso em relação aos países
desenvolvidos europeus, ocorreu em Portugal a partir do alvará
concedido em 1958, no tempo do condicionamento industrial, ao Grupo
Champalimaud. O arranque fabril da Siderurgia Nacional (SN) deu-se em
1961, através da exploração do primeiro, e único até à data montado em
Portugal, alto-forno, que integrava a fábrica localizada em Paio Pires
(concelho do Seixal), perto do então complexo fabril da CUF no Barreiro.