Proletários de todos os países: UNI-VOS! PCP - Reflexão e Prática

Edição Nº 320 - Set/Out 2012

Abertura

Tarefas exigentes

por Revista o Militante

Entramos nos últimos quatro meses do ano com o país mergulhado numa crise económica profunda e sem fim à vista, enfrentando a mais violenta ofensiva anti-popular e anti-nacional do pós 25 de Abril, ameaçado por novas arremetidas contra a soberania nacional e aspectos estruturantes do próprio regime democrático, como acontece em relação ao poder local democrático, às leis eleitorais, ao «conceito estratégico de defesa e segurança nacional».

Economia

Teoria e prática – a partilhar reflexões

por Sérgio Ribeiro

Em vésperas de Congresso do PCP, do XIX, não será despiciendo – será até da maior necessidade – lembrar resoluções políticas de anteriores congressos, mormente a do mais próximo, do XVIII, de 2008. Nela se pode ler que «A resposta política e ideológica por parte do Partido, a partir da sua base teórica, é um elemento fundamental para alargar a sua influência, para armar o conjunto dos seus militantes e organizações dos argumentos de combate às campanhas contra o ideal comunista e o PCP, para elevar a disposição para a luta e a consciência política das massas, que se expressa nas orientações da luta ideológica e em medidas, estruturas e iniciativas para a concretizar.»

Efeméride

Jornada de coragem na luta pela liberdade e pela democracia

por Rui Fernandes

A Revolta dos Marinheiros, em 8 de Setembro de 1936, ocorre num período de consolidação do fascismo. Um período marcado por inúmeras lutas, envolvendo sectores diversos e com expressão e amplitude várias. Nesse contexto, Salazar, exaltando a vocação marítima do povo português, inaugura um processo de revigoramento da Marinha com a aquisição de novos navios, e, procurando reforçar a sua influência num ramo que lhe era claramente hostil, faz acompanhar tal processo de uma acção de charme junto dos oficiais da Marinha. A realidade, porém, é que, apesar de navios novos, as condições a que os praças eram sujeitos geravam mal-estar e consequentes acções de protesto.

Internacional

Fascismo: raízes históricas e ameaça actual

por Jorge Cadima

Nove décadas após a entrega do poder a Mussolini pelas classes dominantes italianas, o ascenso de forças de extrema direita e abertamente fascistas é uma realidade do continente europeu. Desde a glorificação oficial de veteranos das SS nas repúblicas bálticas, à entrada dos neo-nazis no Parlamento grego, o monstro ergue de novo a cabeça. Urge, pois, recordar alguns aspectos da natureza e do papel histórico do fascismo, bem como das cumplicidades que rodearam a sua ascensão. Para que não se voltem a repetir.

Juventude

Os conteúdos escolares e a ideologia dominante

por Cátia Lapeiro

É uma opinião largamente difundida pelo sistema capitalista que a educação seja algo de apolítico, ou, como se costuma frequentemente dizer, seja «neutra». Esta afirmação reflecte uma concepção de educação que prescinde dos elementos sociológicos que a condicionam, e cria o conceito de «educação pela educação», naquilo que é um espaço social. Ao contrário, se considerarmos a educação como determinada pela forma social dentro da qual se constituem as suas finalidades, e na qual deve ser realizada, este conceito acha-se imediatamente envolvido nos contrastes reais da sociedade, ou seja, inserido no contexto da luta de classes. A educação preenche um lugar insubstituível nas sociedades humanas, na construção da sua história e na estruturação das relações entre os homens. Por isso, a educação de massas é um dos mais potentes instrumentos de controlo das mesmas, como também pode ser um poderoso instrumento para a sua libertação. A edificação da consciência humana está profundamente interligada com a educação e a forma como se aprende e com o que se aprende. Assim, dominar sistemas educativos no quadro actual do sistema capitalista é um enorme passo para a consolidação do seu poder. As teses marxistas fundamentais que dizem respeito à educação baseiam-se no seu carácter de classe, ou seja, na ideia de que a educação é um instrumento da classe dominante ao serviço dos seus interesses de classe.

Juventude

Com a força da luta construímos a escola de Abril!

por Cristina Cardoso

A educação e a democracia são dois pilares fundamentais de uma sociedade progressista e um sem o outro corrompe qualquer projecto do presente e de futuro para uma sociedade livre e de progresso. O capital serve-se da educação como uma grande ferramenta de perpetuação do sistema e em tempos de crise reinventam-se e surgem, no nosso país, cada vez mais medidas para aprofundar o carácter antidemocrático do sistema de educação.

Organização

Recrutar, integrar e responsabilizar

por Revista o Militante

A situação nacional confirma as análises e prevenções do Partido. Os mais de 36 anos de política de direita destruíram direitos conquistados ao longo de anos de duras lutas e constituíram um verdadeiro ajuste de contas com os avanços alcançados pelos trabalhadores e o povo na sequência da Revolução de 25 de Abril de 1974.

PCP

O PCP e a integração de intelectuais

por Manuel Gusmão

A VI Assembleia do Sector Intelectual da ORL, que se realizou na Casa do Alentejo a 28 de Abril de 2012, sintetizava no seu lema os seus objectivos: Mais Partido entre os intelectuais, mais intelectuais na luta do povo: Organizar, reforçar, agir.

Trabalhadores

A relação sindicatos/partidos e a independência e autonomia sindical - A actualidade de Marx (III)

por Américo Nunes

Vimos há pouco tempo na TV João Proença, da UGT, com a boçalidade de um anticomunista primário estampada no rosto, afirmar, como quem faz uma acusação torpe: a CGTP-IN é uma célula do PCP. É caso para se dizer que se esqueceu de olhar para o espelho antes de abrir a boca para alimentar a onda reaccionária que se intensificou, de forma orquestrada, após o último Congresso da grande central histórica dos trabalhadores portugueses, com o intuito de impor na opinião pública a falsa equação, CGTP-IN igual a PCP.