Rubrica: Abertura
A urgência da ruptura e da alternativa
A resistência e a luta dos trabalhadores e das populações não foi de férias, conheceu sem dúvida um inevitável abrandamento mas não desarmou. De entre as inúmeras acções que tiveram lugar no plano social e político merecem referência as lutas em numerosas empresas e sectores profissionais em defesa da contratação colectiva, do emprego e contra ruinosos processos de privatização e as lutas das populações, um pouco por todo o país, contra o encerramento de Escolas, Centros de Saúde, tribunais e outros serviços públicos. É um balanço positivo que só poderá ser minimizado por quem pretender ignorar os imensos obstáculos que representam a coação económica, a repressão patronal, o espectro do desemprego, a manipulação mediática e a interiorização ainda muito ampla da «falta de alternativa» fomentada pela ideologia dominante. Mas as lutas dos trabalhadores dos transportes, dos trabalhadores das autarquias, dos agricultores, dos professores, dos enfermeiros e médicos e muitas outras, aí estão a mostrar que se estreita cada vez mais a base social de apoio ao Governo PSD-CDS, um governo que perdeu toda a legitimidade política e que deve ser afastado o mais depressa possível para abrir caminho à alternativa patriótica e de esquerda defendida pelo PCP. Para o que é necessário intensificar a luta, multiplicar e diversificar a mobilização popular, criar condições para acções de massas de nível superior. Essa é a grande tarefa dos comunistas que a Festa do «Avante!» contribuirá para relançar. E dando como sempre prioridade à acção de massas, e em particular à luta nas empresas e locais de trabalho, dar ainda mais atenção à construção da convergência e unidade de todos os democratas e patriotas para romper com trinta e oito anos de política de direita e de submissão ao imperialismo.