Proletários de todos os países: UNI-VOS! PCP - Reflexão e Prática

Edição Nº 336 - Mai/Jun 2015

Economia

O choque petrolífero de 2014-15

por Rui Namorado Rosa

A crise que vem afectando a economia mundial tem manifestações, causas e efeitos múltiplos que se entrecruzam e são impossíveis de isolar. Uma dessas manifestações tem sido a variação extrema de preço do petróleo e do gás natural, matérias-primas que asseguram 57% do aprovisionamento mundial de energia. Tais oscilações deveriam ver-se repercutidas no volume dos respectivos fluxos, mas assim não foi; de 2006 a 2014 o volume de produção mundial cresceu quase que regularmente, e a contribuição da OPEP manteve-se quase estável. Também no sector da refinação se registou um incremento paulatino da capacidade instalada e do volume de produção. Observando o registo dos consumos, confirma-se uma tendência de ligeiro crescimento do consumo global, mais acentuado no caso do gás do que do petróleo, sem prejuízo de uma ligeira quebra em 2009 em consonância com o choque de 2008-09.

Economia

"Quo vadis", Europa?

por António Avelãs Nunes

A intensificação da exploração capitalista e a limitação e repressão crescentes de direitos e liberdades fundamentais conquistados por décadas de duras lutas populares, são duas faces da mesma moeda. O desenvolvimento de tendências autoritárias (e mesmo fascizantes) é uma perigosa realidade da hora actual, bem visível, por exemplo, nas medidas securitárias que, a pretexto do «combate ao terrorismo», estão a ser postas em prática na União Europeia em cooperação estreita com os EUA. Menos visível mas não menos perigosa é a estruturação e institucionalização pelo capital financeiro especulativo, que hoje comanda o sistema capitalista, de um poder cada vez menos democrático na própria forma e cada vez mais autoritário e repressivo no conteúdo. É para isso que chama a atenção este artigo que mostra que o problema é tão grave que inquieta seriamente economistas que de modo algum põem em causa o sistema antes procuram limar-lhe as mais perigosas contradições

Tema

Nos 70 anos da Vitória de 1945

por Jorge Cadima

Assinalar o fim da II Guerra Mundial na Europa e a derrota do monstro nazi-fascista nunca é mera formalidade. Tragédia maior da História humana, a II Grande Guerra (II GM) foi também, em múltiplos aspectos, um momento de viragem histórico. Mas a comemoração dos 70 anos de Maio de 1945 ganha importância ainda maior. Confrontadas com uma crise do sistema capitalista de profundidade sem precedentes, boa parte das classes dominantes aposta de novo na guerra, na ditadura e na violência, como instrumentos para afirmar o seu poder. Conhecer o fascismo, as suas origens e patrocinadores, a sua realidade e trágicas consequências, é um imperativo, não só para entender o passado, mas também o presente.