Um quarto de século após a destruição da União Soviética e do sistema socialista mundial, o capitalismo conduziu a Humanidade a uma das suas maiores crises, com consequências potencialmente trágicas. As guerras e agressões do imperialismo destruíram numerosos países, com dramáticas consequências humanas. Longe de estar resolvida, a crise económica do capitalismo que eclodiu em 2007-2008 conhece novos episódios. As suas causas permanecem e tendem mesmo a agravar-se. A crise foi pretexto para o grande capital financeiro intensificar a exploração dos trabalhadores e a rapina de todas as classes não monopolistas (como ficou patente nos países da União Europeia). A tudo isto se junta a alteração da correlação de forças económicas no planeta, com as velhas potências imperialistas em declínio a recusarem a ascensão de novos concorrentes. A crescente deriva autoritária e a cada vez mais descarada promoção de forças fascistas e xenófobas, bem como o alastrar dum terrorismo com ligações importantes aos governos e serviços secretos das grandes potências imperialistas (patente na Síria e na Líbia) são reflexo da opção de vastos sectores do grande capital pelo uso da força e da violência para impor a sua dominação.
Textos de: "Jorge Cadima"
Nos 70 anos da Vitória de 1945
Assinalar o fim da II Guerra Mundial na Europa e a derrota do monstro nazi-fascista nunca é mera formalidade. Tragédia maior da História humana, a II Grande Guerra (II GM) foi também, em múltiplos aspectos, um momento de viragem histórico. Mas a comemoração dos 70 anos de Maio de 1945 ganha importância ainda maior. Confrontadas com uma crise do sistema capitalista de profundidade sem precedentes, boa parte das classes dominantes aposta de novo na guerra, na ditadura e na violência, como instrumentos para afirmar o seu poder. Conhecer o fascismo, as suas origens e patrocinadores, a sua realidade e trágicas consequências, é um imperativo, não só para entender o passado, mas também o presente.
Nos 100 anos da I Guerra Mundial
No dia 28 de Julho deste ano cumpre-se um século do início da I Guerra Mundial, uma guerra que ficou conhecida apenas pela designação de Grande Guerra – até que 25 anos mais tarde o capitalismo europeu desencadeou um segundo grande conflito bélico, de ainda maiores proporções. A Grande Guerra foi o reflexo das rivalidades inter-imperialistas entre as maiores potências do seu tempo. Travou-se sobretudo no teatro europeu e alterou profundamente o mapa político, levando à derrocada de quatro grandes impérios que haviam marcado o mundo durante décadas, ou mesmo séculos: o Império Austro-Húngaro, o Império Czarista na Rússia, o Império Alemão, criado após a reunificação da Alemanha em 1871, e o Império Otomano. Mas se a I Guerra Mundial marcou o fim dum velho mundo, haveria também de ser o catalizador dum acontecimento que marcou para sempre a História da Humanidade: a grande Revolução Socialista de Outubro na Rússia, que assinalou a entrada em cena dos povos como actores de primeiro plano da História e o primeiro grande passo para a libertação da Humanidade das sociedades baseadas na exploração de classe.
A propósito das eleições italianas
As eleições gerais em Itália são reflexo, e por sua vez factor de ulterior agravamento, da crise que afecta aquele país, intimamente ligada à crise geral do capitalismo e à crise da União Europeia.
Fascismo: raízes históricas e ameaça actual
Nove décadas após a entrega do poder a Mussolini pelas classes dominantes italianas, o ascenso de forças de extrema direita e abertamente fascistas é uma realidade do continente europeu. Desde a glorificação oficial de veteranos das SS nas repúblicas bálticas, à entrada dos neo-nazis no Parlamento grego, o monstro ergue de novo a cabeça. Urge, pois, recordar alguns aspectos da natureza e do papel histórico do fascismo, bem como das cumplicidades que rodearam a sua ascensão. Para que não se voltem a repetir.
O imperialismo e a crise mundial
Cuba socialista - Os 50 anos de Playa Girón
A guerra da Coreia e os perigos actuais na Península Coreana
A ofensiva de classe no plano mundial
Sobre o fascismo e a verdade histórica
Há 70 anos, iniciava-se a II Guerra Mundial. Pela segunda vez num quarto de século, as rivalidades e belicismo congénito do capitalismo ceifavam a vida a dezenas de milhões de seres humanos e semeavam a destruição. Entre as duas grandes guerras, o planeta foi varrido pela maior crise económica do capitalismo até então conhecida. Das entranhas dum sistema de exploração em agonia surgiu o monstro do nazi-fascismo, que precipitou a catástrofe de 1939-45 e chegou a imperar sobre quase todo o continente europeu.