Proletários de todos os países: UNI-VOS! PCP - Reflexão e Prática

Edição Nº 284 - Set/Out 2006

Economia

Globalização, a ofensiva do capital e a crise estrutural do capitalismo

por Pedro Carvalho

Podemos utilizar o termo globalização para descrever a presente fase de desenvolvimento capitalista, de crescente integração e interdependência económica, de forte liberalização do capital – sobretudo do financeiro – e do comércio ao nível mundial. A revolução das tecnologias de informação e comunicação, aliada à redução dos custos de transporte, e a integração dos mercados de capitais, permitiu a expansão do capitalismo a quase todo o globo e o seu desenvolvimento assimétrico entre o centro – rico – e a periferia – pobre.

Entrevista

Sérgio Vilarigues - «Para a ditadura,Tarrafal queria dizer morrer longe»

por Revista «O Militante»

O campo de concentração do Tarrafal, emblema das mais sinistras prisões da ditadura fascista chefiada por Salazar, foi aberto há 70 anos, na ilha de Santiago no arquipélago de Cabo Verde, então colónia portuguesa e hoje país independente. Para o campo do Tarrafal foram enviados centenas de presos antifascistas, dos quais cerca de três dezenas haveriam de morrer em condições desumanas.

Juventude

Os jovens comunistas apontam perspectivas

por Revista «O Militante»

No seguimento da realização do 8.º Congresso da JCP O Militante considerou importante abordar quais são, na presente conjuntura, os principais aspectos de intervenção da juventude comunista e o seu significado no quadro geral da actividade do PCP.
Para esse balanço reuniu, numa mesa-redonda, moderada pelo camarada Aurélio Santos, os camaradas Paulo Marques (PM), Catarina Pereira (CP) e Miguel Tiago Rosado (MTR), da Comissão Política da Direcção Nacional da JCP, e Luísa Araújo (LA) que, no âmbito da Comissão Política do PCP, tem a seu cargo a área da juventude.

Tema

1936 – Ano da «Revolta dos Marinheiros»

por Domingos Abrantes

Foi há 70 anos, a 8 de Setembro de 1936, que teve lugar a acção militar contra a ditadura que ficou conhecida, e gravada na memória colectiva da resistência ao fascismo, como a «Revolta dos Marinheiros», a única acção militar contra o fascismo até ao 25 de Abril que foi preparada, decidida e efectuada essencialmente pelas «camadas baixas» das forças armadas, no caso vertente marinheiros (grumetes, 1.ºs marinheiros e cabos).Acontece ainda que esta acção militar tinha a suportá-la uma organização política específica, a O.R.A. (Organização Revolucionária da Armada), cujos objectivos de luta, pela ideologia e ligações ao PCP, se integravam nos objectivos democráticos gerais das massas populares e dos trabalhadores contra o fascismo, pela liberdade e pela paz.