Rubrica: Ambiente
Sobre os escombros de Copenhaga
por João Ferreira
Copenhaga constituiu a etapa mais recente de um processo iniciado há quase duas décadas. Estávamos em 1992, na Cimeira da Terra que teve lugar no Rio de Janeiro, quando, no quadro das Nações Unidas – dando eco e enquadramento político a uma preocupação que havia surgido anos antes na comunidade científica e que se vinha avolumando – se adoptou a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (1)(CQNUAC, ou UNFCCC na terminologia inglesa).
Contribuições para a reflexão - O capitalismo e a Natureza
por Miguel Tiago
A Natureza é o substrato do desenvolvimento e o meio em que se
desenvolve a luta de classes. É também na relação com os recursos
naturais que se trava uma disputa de interesses de classe antagónicos,
na medida em que a utilização desses recursos é uma base fundamental da
construção da sociedade humana.
As alterações climáticas e as responsabilidades de classe
por Miguel Tiago
A matriz do capitalismo comporta o seu carácter explorador e
predatório. O sistema capitalista baseia-se e orienta-se pelo objectivo
central da acumulação. Isto significa que, na busca incessante do lucro
e da sua concentração, o capitalismo sobrevive na medida em que acumula
e cresce.
A questão ambiental - Alguns factos e 52 teses
por Luis Vicente
Aquecimento global e alterações climáticas deixaram de ser conjecturas para se tornarem dados adquiridos. O crescimento dos níveis de CO2, o crescimento dos fluxos de azoto para a zona costeira e a destruição da camada de ozono são realidades incontestáveis. As chuvas ácidas e a radioactividade contaminam o Planeta. As zonas húmidas são sistematicamente destruídas, os solos são desertificados, aumenta a frequência das cheias, os lagos e os cursos de água superficiais e subterrâneos são envenenados, as águas costeiras e os estuários são poluídos. Contaminam-se também os solos agrícolas, destroem-se as florestas tropicais, fragmentam-se os habitats naturais, as pescas entram em colapso. Os seres humanos produzem tanto azoto como toda a restante natureza e esta produção deverá crescer 65% até 2050.