Proletários de todos os países: UNI-VOS! PCP - Reflexão e Prática

Rubrica: Actualidade

Edição Nº 338 - Set/Out 2015

Eleições de 4 de Outubro - Razões e argumentos para o reforço da CDU

por Jorge Cordeiro

1. Sem surpresa se afirmará que as eleições para a Assembleia da República do próximo dia 4 de Outubro assumem uma inegável importância. Pelo que representam em si mesmo e nos objectivos que lhe estão associados, ou seja a eleição dos 230 deputados em disputa e a escolha dos que efectivamente podem assegurar a defesa dos interesses e direitos do povo português; pela possibilidade que a sua preparação e intervenção eleitoral abre para uma ampla divulgação das soluções, propostas e projecto do PCP para dar resposta às aspirações dos trabalhadores e do povo; pela oportunidade que constituem para debater e esclarecer as razões da situação do País, para identificar as causas e responsáveis, para afirmar com confiança a perspectiva, necessidade e possibilidade de uma política alternativa, patriótica e de esquerda que assegure uma vida melhor num Portugal com futuro. Mas as eleições de 4 de Outubro conhecem, perante a situação para a qual o País foi arrastado, acrescido valor e significado.

Edição Nº 335 - Mar/Abr 2015

A situação política actual e as tarefas do Partido

por Francisco Lopes

1. Grandes exigências estão hoje colocadas à intervenção dos comunistas no quadro da actual situação.

Uma situação fruto da conjugação das consequências da natureza do capitalismo e do agravamento da sua crise estrutural, com os efeitos de 38 anos de política de direita e do processo de integração na União Europeia, ao serviço do grande capital, com a responsabilidade política do PS, PSD e CDS-PP.

Edição Nº 333 - Nov/Dez 2014

Velhas e novas mistificações sobre o Estado

por Jorge Cordeiro

«Fazer do Estado em Portugal um Estado confiável». Com estas palavras termina o texto do chamado Guião para a Reforma do Estado apresentado a 30 de Outubro de 2013 por Paulo Portas em nome do actual Governo. Desta mesma ideia se parte para uma abordagem e reflexão sobre o que a propósito desta «reforma», dos seus pressupostos e dos seus objectivos políticos e ideológicos deve ser anotado. Não porque constitua particular novidade o conjunto de teorizações e mistificações sobre o Estado, a sua natureza e papel que de há muito poder e classes dominantes exercitam e difundem. Mas porque, perante novos desenvolvimentos da política de direita e da ofensiva associada ao processo de acumulação capitalista, perante projectos sistematizados de pretensas reformas do Estado e perante novos patamares de afrontamento, senão subversão constitucional, a questão emerge com redobrada actualidade e importância.

Edição Nº 327 - Nov/Dez 2013

Os partidos não são todos iguais

por António Filipe

Na sua edição de 13 de Setembro deste ano o Diário de Notícias dava conta de um estudo de opinião recente, segundo o qual só nove em cada cem portugueses confiam nos partidos. A que partidos se refere o dito estudo não se diz. Perguntar sobre as diferenças entre os vários partidos existentes não é coisa que importe. A ideia que se pretende transmitir é a de que os partidos são todos iguais. Não haverá diferença entre eles e o juízo de censura dos portugueses recairá indistintamente sobre todos.

Edição Nº 326 - Set/Out 2013

Como se fabrica uma «alternância»...

por Agostinho Lopes

A alternância é uma estratégia, estratagema político bem conhecido dos povos, bem sintetizado na expressão «mudar alguma coisa para que tudo fique na mesma»! Nos sistemas políticos democráticos (nas democracias burguesas) é a forma de assegurar a manutenção da mesma política, nas suas opções estratégicas, eixos estruturantes e medidas, ou seja, o serviço dos mesmos interesses de classe, através da mudança de composição dos titulares do governo, via substituição do partido (ou coligação) que assume o governo e que, anteriormente, era oposição.

Edição Nº 322 - Jan/Fev 2013

Eleições autárquicas, parte integrante da luta pela ruptura com a política de direita

por Jorge Cordeiro

1. A afirmação inscrita nas conclusões da Conferência Nacional «O PCP e o Poder Local» de que o Poder Local constitui «uma emanação e uma expressão directa da vontade popular, uma afirmação do carácter progressista e avançado do regime democrático resultante de Abril» e que, por isso mesmo, é objecto de «uma ofensiva para lhe limitar o alcance e o amputar das características que lhe deram expressão ímpar», ganha, passados quase dez nos, uma redobrada actualidade e uma mais clara compreensão sobre o seu alcance e significado.

Edição Nº 317 - Mar/Abr 2012

Contra as troikas, pela democracia! Notas sobre o estado da democracia portuguesa

por António Filipe

A democracia portuguesa sofre um dos mais violentos ataques da sua História. Fustigado por mais de três décadas e meia de políticas de direita levadas a cabo por Governo PS, PSD e CDS e por uma tremenda ofensiva do grande capital nacional e transnacional contra os direitos conquistados pelo povo português e contra a própria soberania nacional, o país afunda-se numa crise sem fim à vista. À medida que cresce a resistência popular às políticas ditadas pelas troikas nacional e internacional, surgem sondagens e estudos de opinião a dar conta de um descrédito cada vez maior dos portugueses com a democracia, assacando ao regime democrático as consequências dramáticas de políticas que de democrático nada têm.

Edição Nº 316 - Jan/Fev 2012

A propósito do Orçamento do Estado - A ofensiva e a resposta

por Bernardino Soares

O actual Governo, com o apoio do PS – aqui e ali disfarçado de supostas divergências quanto à modulação, que não ao sentido, de certas medidas – procura avançar, no mais curto espaço de tempo e em várias frentes em simultâneo, na consumação do conjunto de medidas inscrito no pacto de agressão ao país e aos portugueses, procurando dificultar a percepção do grau e extensão da ofensiva.

Edição Nº 312 - Mai/Jun 2011

Confiança e determinação para uma exigente batalha eleitoral

por Vasco Cardoso

As próximas eleições não são um mero episódio na vida política nacional desligado do longo trajecto de 35 anos de afundamento do país, do qual PS, PSD e CDS são responsáveis. A demissão do Governo PS e a convocação de eleições são inseparáveis da maior ofensiva contra os direitos do povo português e os interesses nacionais desde o fascismo e da luta que se ergueu e lhe fez frente. Umas eleições que ocorrem num momento particularmente difícil e exigente para o nosso Partido e cujo desfecho não será indiferente para as lutas que se travarão no futuro.

Edição Nº 305 - Mar/Abr 2010

Combater a corrupção

por José Neto

As reflexões que se seguem resultam do património de análise e posicionamento de um partido, o PCP, que não apenas não se resigna à crescente degradação e empobrecimento do regime democrático, antes intervém constantemente na sua defesa e salvaguarda.

Edição Nº 297 - Nov/Dez 2008

Crise anunciada

por Jorge Cadima

A crise económica do capitalismo explodiu com toda a força neste Outono de 2008. As suas dimensões são já impossíveis de esconder. As suas consequências far-se-ão sentir durante muitos anos. A pouco menos de 80 anos da anterior grande crise económica capitalista – que também teve o seu epicentro nos EUA – a realidade vem novamente mostrar que o capitalismo, funcionando de acordo com as suas regras e leis, é um sistema roído por enormes contradições, que gera crises mundiais com consequências devastadoras para muitos milhões de seres humanos. É ainda cedo para prever ou avaliar os contornos exactos desta crise e suas consequências. Mas alguns apontamentos são inevitáveis.

Edição Nº 293 - Mar/Abr 2008

O medo vai ter tudo?

por Odete Santos

A luta pelas liberdades é indissociável da luta contra o capitalismo.
Provam-no os 48 anos de fascismo que tivemos de sofrer. Provam-no acontecimentos bem recentes que fizeram regressar a repressão contra as Fronteiras impostas pela Constituição de Abril.
Provam-no a ofensiva contra os direitos laborais, a qual vem sendo acompanhada pelo garrote da democracia política.

Edição Nº 292 - Jan/Fev 2008

No início de um novo ano

por Margarida Botelho

Escrevia o «Militante» na primeira edição do ano que agora termina: «2007 será seguramente um ano de duros confrontos de classe». E foi-o, como todos sabemos. O governo do Partido Socialista aprofundou a sua acção anti-popular e anti-patriótica. Mas enfrentou um ano histórico em termos de contestação e luta de massas, de que é justo destacar as manifestações de 2 de Março e 18 de Outubro e a Greve Geral de 30 de Maio.

Edição Nº 291 - Nov/Dez 2007

Grupo Parlamentar do PCP - Uma intervenção ao serviço dos trabalhadores e do povo

por Bernardino Soares

Passada que está metade da legislatura, são cada vez mais visíveis as consequências da continuação e agravamento da política de direita do Governo e da maioria absoluta do PS. O desemprego está ao nível mais alto dos últimos 20 anos, a precariedade atinge já mais de 1 milhão de trabalhadores; prossegue a política orçamental de obsessão pelo défice, de desvalorização dos salários e das reformas, e de baixo investimento; continua o ataque à administração pública e aos serviços públicos e a privatização de empresas estratégicas, incluindo para a soberania nacional; avançam novas perspectivas e práticas de diminuição de direitos, seja nas leis laborais seja na tentativa de impor um Estado policial e securitário, controlado pelo poder político e fortemente concentrado na figura do primeiro-ministro.

Edição Nº 290 - Set/Out 2007

Situação grave do país exige respostas

por Jorge Cordeiro

1.Num quadro de tão sentidas dificuldades e de horizontes sombrios sobre o país e as suas perspectivas de desenvolvimento, pode parecer ousadia manter uma ideia de esperança num país de progresso, com mais justiça social e menos desigual, mais soberano e independente. Com profunda confiança e convicção, os comunistas portugueses afirmam-no: não só é possível como está nas mãos dos trabalhadores e do povo a construção de um Portugal com futuro, assente num novo rumo e numa nova política ao serviço do povo e do país alcançáveis pela ruptura com as políticas de direita que há três décadas comprometem o país e hipoteca as suas possibilidades de desenvolvimento.

Edição Nº 288 - Mai/Jun 2007

O anticomunismo e o branqueamento do fascismo - Aspectos de uma ofensiva reaccionária

por Manuel Gusmão

Como se esperava o concurso televisivo sobre «o melhor português» acabou atribuindo a vitória ao ditador Salazar. No universo da televisão manipulada e manipuladora é assim que as coisas acontecem. Dias antes, um grupo de provocadores fascistas conseguira mistificar algumas dezenas de populares, mas não conseguira impedir a realização, em Santa Comba Dão, de uma sessão promovida pelo núcleo de Viseu da URAP contra as intenções de criação, naquela vila de um museu dedicado à memória do ditador; dias depois, num outro recanto do mundo real, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, os estudantes davam uma expressiva vitória a uma lista unitária que incluía jovens comunistas (818 votos) contra uma lista que integrava elementos assumidamente de extrema-direita (81 votos). O resultado chegava depois de uma força da PSP ter impedido que um grupo de jovens democratas acabasse um mural que substituía símbolos nazi-fascistas por motivos emblemáticos do 25 de Abril.

Edição Nº 287 - Mar/Abr 2007

Prosseguir a luta pela dignidade e saúde da mulher

por Rui Fernandes

Num contexto político e ideológico extraordinariamente difícil, a vitória do Sim neste referendo, mais expressiva do que a do Não em 1998, constitui um elemento altamente encorajador para o prosseguimento da luta política e social por uma outra política ao serviço de Portugal e dos portugueses, uma política ao serviço dos trabalhadores.Mas a vitória do Sim não pode deixar de ser considerada no quadro da agudização da luta de classes. Trata-se da vitória da luta contra o obscurantismo, da vitória da afirmação popular contra a acção do capital para a formatação das consciências, da vitória que confirma que é possível e urgente um outro rumo para Portugal, reforçando e intensificando a luta, prosseguindo e aprofundando o reforço do Partido. 

Edição Nº 283 - Jul/Ago 2006

O Parlamento e a democracia

por Bernardino Soares

Se há factor que tem vindo a acentuar-se na nossa sociedade é o descrédito com que muitos portugueses olham a vida política e em particular o parlamento e o seu funcionamento.
As razões são evidentes e radicam sobretudo em décadas de políticas contrárias aos interesses dos trabalhadores, das populações e do país, nas catadupas de promessas eleitorais não cumpridas e nas cada vez mais evidentes relações de promiscuidade com os interesses privados, sem excluir as deficiências de funcionamento e as faltas de cumprimento dos deveres dos deputados que recorrentemente se verificam.

Edição Nº 282 - Mai/Jun 2006

O explorador do Windows

por Bruno Dias

Quando o homem mais rico do mundo aterrou em Portugal, foi como se também Portugal tivesse de repente ficado mais rico. Hoje parecem águas passadas, mas a verdade é que naqueles primeiros dias de Fevereiro foram mais que muitas as páginas de jornal e as horas de emissão de TV e rádio, anunciando com um frémito de emoção a presença no nosso país de William H. Gates III, conhecido em todo o mundo pelo nome (bastante mais amigável) de… Bill Gates.