Rubrica: Tema
O Acordo de Paris sobre alterações climáticas
por Vladimiro Vale
Legitimar a mercantilização do ambiente, apagar responsabilidades, favorecer processos de natureza colonial e transferir custos para os povos do mundo.
A propósito da Grécia e da crise na União Europeia
por Vasco Cardoso
A Grécia constitui certamente o mais grave exemplo das brutais medidas de exploração e opressão impostas aos povos dos países integrados na União Económica e Monetária e sujeitos ao colete de forças da moeda única e ao garrote da dívida externa. Seja em função de processos de intervenção externa, por via da UE e do FMI, seja em função do colete de forças que decorre do próprio Euro, os últimos anos ficaram marcados por uma significativa aceleração das medidas ditas de austeridade: desemprego em massa, empobrecimento de uma larga maioria da população, aumento da exploração, privatizações, quebras significativas no PIB com uma enorme destruição de capacidade produtiva, foram algumas das consequências. Mas longe de constituir uma situação isolada, deste ou daquele país, o «problema grego», que nos últimos meses atingiu grande visibilidade, é sobretudo expressão da própria crise do capitalismo e da grande instabilidade e incerteza sobre o desenvolvimento da situação internacional, bem como do agudizar das contradições decorrentes do processo de integração capitalista europeu.
Virgínia de Moura Uma vida pela liberdade e o ideal comunista
por Jorge Sarabando
O fascismo odiava-a. E temia-a. Por isso a deteve e prendeu 16 vezes. Por isso, a Polícia a espancou, e a Lobão Vital e outros democratas, à saída da estação de S. Bento, em Dezembro de 1949
Nos 70 anos da Vitória de 1945
por Jorge Cadima
Assinalar o fim da II Guerra Mundial na Europa e a derrota do monstro nazi-fascista nunca é mera formalidade. Tragédia maior da História humana, a II Grande Guerra (II GM) foi também, em múltiplos aspectos, um momento de viragem histórico. Mas a comemoração dos 70 anos de Maio de 1945 ganha importância ainda maior. Confrontadas com uma crise do sistema capitalista de profundidade sem precedentes, boa parte das classes dominantes aposta de novo na guerra, na ditadura e na violência, como instrumentos para afirmar o seu poder. Conhecer o fascismo, as suas origens e patrocinadores, a sua realidade e trágicas consequências, é um imperativo, não só para entender o passado, mas também o presente.
Gueorgui Dimitrov contra o fascismo e a guerra
O texto de Dimitrov que O Militante publica transmite, como todos os textos históricos, a visão do autor no momento em que foi escrito, sem o efeito das lentes do tempo entretanto decorrido. «O fascismo é a guerra» data de Julho de 1937, dois anos antes do início da II Guerra Mundial.
A pobreza e o empobrecimento
por Armindo Miranda
A crise do capitalismo está a acentuar o seu carácter explorador, opressor e desumano e a aprofundar o fosso entre uma enorme massa de seres humanos e uma elite multimilionária.
Fragilização do jornalismo enfraquece a democracia
por Fernando Correia
Vivemos uma época caracterizada por notáveis avanços tecnológicos, nomeadamente no que se refere às novas possibilidades e ao grande aumento da produção e circulação da comunicação. E, no entanto, os profissionais especializados em recolher, confirmar, avaliar, elaborar e divulgar a informação, no sentido jornalístico do termo, que supostamente deveriam estar entre os principais protagonistas em todo este processo, têm nele cada vez menos peso. As consequências estão longe de se limitar ao âmbito de uma profissão ou de um sector de actividade. A transversalidade social do jornalismo, na perspectiva da sua diversificada e profunda influência na definição do espaço público e na qualidade da cidadania e da própria democracia, exige – e a realidade portuguesa bem o demonstra – a colocação desta temática no centro do debate político e ideológico.
Fascismo: Um perigo real a tomar a sério (*)
Em numerosos países e de forma particular nas cidadelas do capitalismo – Europa e América – multiplicam-se e ganham intensidade as organizações, manifestações e propaganda fascista e fascizante.
Os baldios e os 40 anos de Abril
por João Frazão
Das imensas conquistas que o povo português alcançou com a revolução libertadora do 25 de Abril, cujo 40.º aniversário comemoraremos neste ano de 2014, que lhe deram características de uma revolução não apenas democrática e nacional, mas já com objectivos socialistas, e onde podíamos identificar as nacionalizações, o controlo operário ou a Reforma Agrária, entre outras, a entrega dos baldios, depois de muitos séculos, aos seus legítimos donos, as comunidades locais, é uma das mais importantes porque correspondendo aos anseios profundos de largas faixas da população portuguesa, instituiu a gestão pelos seus legítimos donos e possuidores – os povos.
«Refundação» ou «reforma» do Estado - Uma justificação para destruir direitos
Portugal tornou-se numa economia periférica e dependente em resultado de um deliberado processo promovido pelo poder dominante de destruição do seu aparelho produtivo industrial e agrícola e de entrega das suas alavancas económicas fundamentais ao capital nacional e estrangeiro.
A revelação do oportunismo (*) - (A propósito da obra de Memórias de Carlos Brito sobre Álvaro Cunhal)
por José Manuel Jara
Poderia considerar-se ultrapassada a utilidade de uma análise sobre o livro «Álvaro Cunhal, sete fôlegos de um combatente» (Edições Nelson de Matos, 2010), da autoria de Carlos Brito, já que a sua edição data de 2010. Mas a actualidade de uma crítica de base ideológica, se for fundamentada, não será menos válida agora. O facto de no ano em curso se comemorar o centenário de Álvaro Cunhal é um motivo acrescido para esta leitura crítica.
O XIX Congresso do PCP e a comunicação social
por Carina Castro
Sabemos, vimos e lemos que o XIX Congresso do nosso Partido foi um êxito. Sabemos porque participámos na sua construção, vimos porque estivemos lá – delegados e convidados – e lemos porque acompanhámos o site do Partido e as edições do Avante! e de O Militante.
A política de unidade do Partido e a importância do trabalho político unitário
por Jorge Pires
A situação de crise profunda que o país atravessa, com graves consequências nos planos económico e social, são o resultado em primeiro lugar das políticas de direita de reconstituição do capitalismo monopolista, traduzidas no agravamento das condições de vida dos trabalhadores e do povo, no declínio económico e no retrocesso social.
O contributo de Marx para o marxismo
Aproveito as notas que utilizei na apresentação que fiz na Festa do Avante (8.9.2012) de um trabalho de Sérgio Ribeiro, intitulado O contributo de Marx para o marxismo, separata do Boletim de Ciências Económicas (Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra), vol. LV (2012).
Soberania e independência nacional - Uma questão central do nosso tempo
por Pedro Guerreiro
A questão do horário de trabalho - A actualidade de Marx
por Américo Nunes
O Estado assistencialista ou a esmola como política oficial
O anticomunismo, arma estratégica da ideologia burguesa
por Manuel Gusmão
A ideologia burguesa é a ideologia da burguesia. Dizer isto parece ser uma banalidade sem consequências ou uma mera tautologia Mas talvez não o seja. É que uma das características básicas da ideologia burguesa consiste em recusar que seja uma ideologia e que seja referida a um sujeito social preciso, a burguesia.
A batalha da memória
por Jorge Sarabando
Têm-se multiplicado ultimamente as edições, em destaque no escaparate das livrarias e das grandes superfícies, que revisitam o tempo histórico de marca fascista. Grande parte com base em trabalhos académicos, a pretexto de efemérides, ou correspondendo à curiosidade sobre episódios de bastidores ou detalhes da vida privada de protagonistas, num «voyeurismo» muito fomentado, a história vai sendo reescrita, à feição dos interesses da classe dominante.
Ainda sobre o Bloco de Esquerda - Factos e experiências
A propósito do ciclo eleitoral de 2009 e dos resultados da CDU e do Bloco de Esquerda escreveram-se rios de tinta sobre o «acontecimento histórico» que teria constituído o facto de o BE ultrapassar o PCP, em particular nas eleições legislativas.
Reflexões sobre democracia, crise e demagogia
por Aurélio Santos
35 anos da Constituição de Abril e o estado do Estado
O PCP, a Igreja e os católicos - Questões de actualidade
por Jorge Messias
Algumas notas sobre o Bloco de Esquerda
Media, pluralismo e consciência social
por Fernando Correia
Luta antifascista - Uma necessidade actual
por Inês Zuber
Direitos, Liberdades e Garantias
por António Filipe
Ler e estudar Lénine - Materialismo e Empiriocriticismo
por Maria da Piedade Morgadinho
Vasco de Magalhães-Vilhena - Um inédito sobre ideologia
por Eduardo Chitas
Lénine - Entre duas revoluções
por Maria da Piedade Morgadinho
No período revolucionário que a Rússia atravessou, iniciado com a revolução democrática burguesa de Fevereiro de 1917 e que culminou com o triunfo da Grande Revolução Socialista de Outubro nesse mesmo ano, a primeira revolução socialista na história da humanidade, Lénine, a par de uma intensa actividade à frente do partido bolchevique, desenvolveu um extraordinário e profundo trabalho no plano teórico.
Pensar a História lembrando Outubro
por Aurélio Santos
O artista na revolução - A revolução e o artista novo (pistas de estudo)
Álvaro Cunhal, em A Arte, o Artista e a Sociedade
Justiça e luta de classes
por José Neto
«Para nós, marxistas-leninistas, o Estado é o instrumento de dominação de uma ou várias classes sobre outras classes (...)
Criar um Estado democrático significa criar uma política democrática, um exército democrático, uma justiça democrática (...)».Assim escreveu o camarada Álvaro Cunhal no Rumo à Vitória, em 1965.
Efectivamente, no Estado fascista, a polícia e os tribunais eram instrumentos da opressão de classe exercida pela burguesia monopolista e pelos latifundiários sobre as vastas massas da população.
O Estado e a luta de classes na revolução portuguesa
por Aurélio Santos
A Revolução de Outubro e a fundação do PCP
Congresso dos Amigos da URSS
Por causa da actual situação política de Portugal, onde desde há dois anos temos uma ditadura militar absolutamente fascista, não nos foi permitido reunir a classe operária organizada a fim de lhe dar conhecimento do convite que os sindicatos russos nos enviaram para que a classe operária portuguesa estivesse representada nas festas do décimo aniversário da grande revolução que marcará eternamente a jornada vitoriosa daqueles que sofreram as mais horríveis torturas do brutal regime czarista. Por isso não podemos afirmar perante vós que representamos neste momento o proletariado de Portugal, porque representamos apenas uma parte dele.
Bento Gonçalves e a Revolução de Outubro
Fevereiro – Outubro de 1917 - Processo revolucionário único
A ofensiva na Administração Pública e a reconfiguração antidemocrática do Estado
por João Dias Coelho
A luta das ideias no regime democrático a intervenção do Partido
por Vasco Cardoso
O Estado democrático e as Forças Armadas
por Rui Fernandes
O Estado é a organização do poder da classe que domina as relações económicas no interior da sociedade. Por meio dessa organização do poder, essa classe mantém e reproduz as relações de produção que lhe são favoráveis e, desde logo, a forma de propriedade que lhe permite dominar as relações económicas. Logo, a política do Estado tem um carácter de classe, visando a manutenção e o reforço dos interesses fundamentais da classe dominante.
A revolução de Outubro e a questão do Estado - Um texto de Álvaro Cunhal
Sobre a concepção marxista do Estado
por Albano Nunes
Isso é motivo mais do que suficiente para que os quadros comunistas procurem conhecer e assimilar os principais trabalhos dos clássicos nesta matéria, assim como ulteriores desenvolvimentos resultantes da evolução social e da prática revolucionária.
1936 – Ano da «Revolta dos Marinheiros»
O Verão quente de 1936: as Frentes Populares
MUD Juvenil e a repressão fascista
O II Congresso do PCP e o advento do fascismo
Nos 30 anos de uma Constituição com futuro
por Vitor Dias