Rubrica: Economia
Notas sobre o programa do governo minoritário do PS na área ambiental
por Vladimiro Vale
O Governo reafirma aquilo que os centros do capital chamam de Fiscalidade Verde que, como sabemos, o adjectivo verde esconde a penalização das camadas laboriosas, passando o ónus da degradação ambiental do modo de produção capitalista para todos e cada um dos trabalhadores e para os seus comportamentos individuais.
O Orçamento do Estado 2016 e a luta por uma política patriótica e de esquerda
por Vasco Cardoso
Apesar da situação nacional e internacional continuar profundamente marcada pela crise estrutural do capitalismo, com consequências devastadoras nas condições de vida dos povos e de desfecho ainda distante e imprevisível; apesar do prosseguimento de uma violenta ofensiva de classe visando o agravamento da exploração dos trabalhadores, dos povos e das nações; apesar das ameaças à soberania e de uma acção reforçada nos seus poderes por parte da União Europeia – UE, visando libertar-se de uma crise que é intrínseca à sua própria natureza e objectivos; apesar da agudização da luta ideológica, das agressões e guerras, da ofensiva contra direitos e liberdades democráticas, o facto é que a situação concreta de cada país, de cada povo, continua a evidenciar elementos de enorme capacidade de luta e resistência, confirmando que, além de perigos que não podem ser subestimados, a realidade comporta também possibilidades que não devem ser desaproveitadas na luta pela libertação de todas as formas de exploração e opressão.
A Banca no sistema de exploração capitalista
por Miguel Tiago
A crise do sistema capitalista teve repercussões tremendas no sector financeiro, que se traduziram em consequências dramáticas para os povos do mundo, com o comprometimento dos Estados na salvação e resgate de instituições bancárias gigantescas, muitas delas, partes de grupos monopolistas que integravam ou integram componentes financeiras e não financeiras. A fusão do capital bancário1 com o capital produtivo2 e a constituição do capital financeiro3 criou uma constituição do capital que interliga as suas componentes de forma indissociável. A função criadora de mais-valia do capital industrial passa a estar interligada e interdependente da função de apropriação do capital bancário, fazendo com que a ascensão dos grandes grupos económicos e dos monopólios tenha efeitos que vão muito além dos que se relacionam com problemas de «concorrência».
Crise do capitalismo - Continuam as réplicas do «sismo» de 2007/2008
por Carlos Carvalhas
Aqueles que afirmaram que a crise iniciada em 2007/2008 estava definitivamente arrumada interrogam-se agora sobre as perspectivas da evolução da economia mundial e perguntam onde está o motor do crescimento?
Privatizações em Portugal Um crime de alcance histórico
O processo de privatizações, elemento estratégico estruturante da dinâmica de reconstituição monopolista no nosso país, pela diversidade e intensidade das suas consequências passadas, presentes, mas sobretudo futuras, constitui indiscutivelmente um crime de alcance histórico.
O choque petrolífero de 2014-15
A crise que vem afectando a economia mundial tem manifestações, causas e efeitos múltiplos que se entrecruzam e são impossíveis de isolar. Uma dessas manifestações tem sido a variação extrema de preço do petróleo e do gás natural, matérias-primas que asseguram 57% do aprovisionamento mundial de energia. Tais oscilações deveriam ver-se repercutidas no volume dos respectivos fluxos, mas assim não foi; de 2006 a 2014 o volume de produção mundial cresceu quase que regularmente, e a contribuição da OPEP manteve-se quase estável. Também no sector da refinação se registou um incremento paulatino da capacidade instalada e do volume de produção. Observando o registo dos consumos, confirma-se uma tendência de ligeiro crescimento do consumo global, mais acentuado no caso do gás do que do petróleo, sem prejuízo de uma ligeira quebra em 2009 em consonância com o choque de 2008-09.
"Quo vadis", Europa?
A intensificação da exploração capitalista e a limitação e repressão crescentes de direitos e liberdades fundamentais conquistados por décadas de duras lutas populares, são duas faces da mesma moeda. O desenvolvimento de tendências autoritárias (e mesmo fascizantes) é uma perigosa realidade da hora actual, bem visível, por exemplo, nas medidas securitárias que, a pretexto do «combate ao terrorismo», estão a ser postas em prática na União Europeia em cooperação estreita com os EUA. Menos visível mas não menos perigosa é a estruturação e institucionalização pelo capital financeiro especulativo, que hoje comanda o sistema capitalista, de um poder cada vez menos democrático na própria forma e cada vez mais autoritário e repressivo no conteúdo. É para isso que chama a atenção este artigo que mostra que o problema é tão grave que inquieta seriamente economistas que de modo algum põem em causa o sistema antes procuram limar-lhe as mais perigosas contradições
O caso BES e a urgência do controlo público da banca
por Vasco Cardoso
No último verão (2014) Portugal foi sacudido pela falência de mais um banco com consequências que ainda estão longe de estar determinadas. A implosão do império Espírito Santo, envolvendo o BES e o próprio grupo económico controlado pela família, exibiu, como justamente afirmou o Secretário-geral do PCP no comício da 38.ª Festa do Avante!, «a falência da própria política de direita».
Geopolítica do petróleo e gás natural
A agressividade militar exibida pelo imperialismo é intrínseca à sua natureza. Mas a sua exacerbação e os focos em que incide denunciam a sua voracidade relativamente a matérias-primas essenciais, desde combustíveis fósseis a alimentos, a metais básicos e especiais, etc., bem como comando do seu comércio, suas rotas e destinos.
Três anos de Pacto de Agressão, um balanço desastroso
Centenas de milhares de empregos destruídos, mais precariedade no emprego, mais desemprego, reduções nos salários e pensões, enorme aumento de impostos sobre os trabalhadores, reformados e suas famílias, cortes nas prestações sociais, na saúde e na educação, perto de 3 milhões de portugueses na pobreza, centenas de milhares de portugueses forçados a emigrar
Pequena e Média Agricultura - Sacrificada no altar da mundialização capitalista
por João Vieira
O sector da Agricultura Familiar, ou seja da pequena e média exploração agrícola, desempenha uma função insubstituível no equilíbrio da sociedade pela produção de alimentos de qualidade e preservação da biodiversidade, e assegura a soberania alimentar garantindo a satisfação das necessidades alimentares de proximidade.
Mentiras e verdades sobre a situação do País
por Agostinho Lopes
Os foguetes aí estão a saudar os êxitos da governação PSD/CDS pelo cumprimento «rigoroso» do receituário da troika – FMI, BCE, CE! O «milagre» do ministro da Economia. «As exportações», o «porta-aviões da recuperação económica» de Paulo Portas. «O ajustamento bem-sucedido» do ressuscitado Vítor Gaspar. O «tiro-lhes o chapéu» do vice-presidente da Comissão Europeia. A bênção do Financial Times «Portugal "o herói-surpresa" (com hífen) da retoma na Zona Euro». E, categórico, o 1.º Ministro no Congresso do PSD: «o país está melhor»!
Dois anos do Pacto de Agressão - Portugal um país empobrecido, mais desigual e mais injusto
Divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) nos últimos meses, os resultados económicos e sociais do 2.º trimestre de 2013, que indiciam uma variação positiva do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,1% e uma descida da taxa de desemprego em sentido restrito de 17,7% para 16,4%, do 1.º para o 2.º trimestre do corrente ano (variação em cadeia), foram imediatamente considerados pelos partidos de direita, pelo Governo e pelo Presidente da República, ávidos de notícias positivas, como os primeiros sinais do início da recuperação económica no nosso país.
Contra a chantagem política - Argumentos para a luta ideológica
por João Oliveira
A ofensiva económica e social contra os trabalhadores e o povo é acompanhada de uma intensa ofensiva ideológica que, assentando em mistificações e falsidades, procura ocultar opções de classe e criar dificuldades ao desenvolvimento da luta, promovendo a resignação e o conformismo e recorrendo à ameaça e à chantagem como argumentos políticos.
Para onde vai o dinheiro?
por Vasco Cardoso
Para onde vão os cortes salariais aplicados aos trabalhadores da administração pública? A riqueza produzida nas horas e dias a mais de trabalho não pago? Os aumentos no IRS, ou nas contribuições para a segurança social e para a ADSE? Para onde vão os milhões de euros roubados nas reformas e pensões? Os cortes efectuados no abono de família? Os cortes nos subsídios de desemprego? Para onde vão os aumentos nos preços das taxas moderadoras? Das portagens? Do IVA sobre a restauração? Do imposto sobre os imóveis? Das propinas? Para onde se canalizam os milhões de euros retirados ao Serviço Nacional de Saúde? À escola pública? À cultura? Ao desporto? À justiça? Às autarquias? Ao investimento público?
A vitalidade das MPME - O seu papel na economia e a luta necessária (*)
Os Micro, Pequenos e Médios Empresários – MPME têm um papel fundamental na economia nacional e na criação de emprego. Trata-se de uma camada social antimonopolista que, erradamente, tem dado suporte aos partidos do bloco central (PSD/PS/CDS), precisamente aqueles que com as suas políticas económicas de direita empurram, todos os dias, milhares de MPME para a falência, a ruína e a miséria.
Preparar o país face a uma saída do Euro
por Vasco Cardoso
A agudização da crise económica, social e política que atinge o país tornou mais evidentes muitos dos alertas e denúncias que o PCP fez ao longo dos últimos anos. E mais cedo do que seguramente alguns esperariam, a vida veio confirmar a justeza das posições do PCP em diversos domínios, designadamente em relação ao processo de integração capitalista na União Europeia e na posição assumida contra a entrada de Portugal na Moeda Única que vigora desde 1 de Janeiro de 2002.
A mistificação do «regresso aos mercados»
No passado dia 23 de Janeiro assistimos a uma enorme operação de propaganda em torno do chamado regresso aos mercados por parte do Estado português.
Nesse dia, quase dois anos depois, o Estado português voltou a financiar-se internacionalmente através do Mercado da Dívida Pública de médio e longo prazo. Sendo que a emissão de dois mil e quinhentos milhões de euros de Obrigações do Tesouro foi colocada a um prazo inferior a cinco anos, na sua quase totalidade junto de investidores internacionais.
Custos e benefícios sociais
De que forma uma decisão política contribui para objectivos socialmente tidos como desejáveis e prioritários? Para a política de direita tudo se resume a maximizar o lucro privado. Uma política progressista, uma alternativa de esquerda, faz intervir no cálculo económico a correspondente avaliação dos Custos e Benefícios Sociais, no sentido da máxima satisfação das necessidades sociais. É este o tema que procuramos tratar seguidamente.
OE/2013, um orçamento desastroso
A coberto do programa de agressão que o PS assinou em 17 de Maio de 2011, e que PSD e CDS subscreveram, o actual Governo de direita pretende prosseguir, e aprofundar no próximo ano, o ataque a muitas das conquistas que a Revolução de Abril trouxe ao povo e aos trabalhadores portugueses.
Progresso social ou crescimento económico?
Economia Verde – Como privatizar a polinização das plantas
por Vladimiro Vale
O conceito Economia Verde é de facto um eufemismo que esconde um esquema ardiloso para justificar a aplicação das regras do capitalismo ao ambiente e à natureza.
Teoria e prática – a partilhar reflexões
por Sérgio Ribeiro
Em vésperas de Congresso do PCP, do XIX, não será despiciendo – será até da maior necessidade – lembrar resoluções políticas de anteriores congressos, mormente a do mais próximo, do XVIII, de 2008. Nela se pode ler que «A resposta política e ideológica por parte do Partido, a partir da sua base teórica, é um elemento fundamental para alargar a sua influência, para armar o conjunto dos seus militantes e organizações dos argumentos de combate às campanhas contra o ideal comunista e o PCP, para elevar a disposição para a luta e a consciência política das massas, que se expressa nas orientações da luta ideológica e em medidas, estruturas e iniciativas para a concretizar.»
Escritórios de advogados e expansão do capital monopolista
por Victor Paulo Gomes da Silva
Os grupos económicos «portugueses» e as grandes corporações transnacionais
por Eugénio Rosa
Por uma política de justiça fiscal
por Pedro Carvalho
Os micro, pequenos e médios empresários na luta contra o pacto de agressão
por Vicente Merendas
A luta ideológica em torno da crise
por Carlos Carvalhas
Reflexões à volta da crise e da troika
por Agostinho Lopes
O regresso do FMI - Austeridade ao serviço da exploração
por Pedro Carvalho
O comércio externo e o desenvolvimento económico. O mito das «exportações»
O escandaloso caso do BPN
por Honório Novo
«A questão BPN (Banco Português de Negócios) é exemplar quanto à natureza de classe de uma política que está a arruinar o país e quanto aos vergonhosos mecanismos que, para assegurar os lucros e privilégios da classe dominante, impõe aos trabalhadores e ao povo uma brutal regressão social. É também exemplar quanto à firmeza e coerência das posições do PCP na defesa do interesse nacional. Daí a importância dos factos concretos que este artigo sintetiza e analisa. Para que, por uma vez, a culpa não morra solteira.»
A crise da dívida pública portuguesa
Automóvel e indústria automóvel.Perspectivas de desenvolvimento
Algumas notas de leitura - «As voltas que o mundo dá…»
por Ricardo Oliveira
O sistema financeiro ao serviço dos défices
por Anselmo Dias
Crise do capitalismo - Sobreprodução e escassez
O PEC 2010-2013 e suas consequências
Aspectos da presença do capital estrangeiro em Portugal
Imperialismo e agricultura - A conspiração de Doha
por João Vieira
O fim dos paraísos fiscais?
A evolução da crise
por Carlos Carvalhas
Agricultura e mundo rural
por Manuel Rodrigues
Para onde «caminha» a consciência dos nossos agricultores?
Entre a depressão e a guerra - A crise do sistema capitalista
por Pedro Carvalho
Crise energética Crise do capitalismo
Micro, pequenas e médias empresas Importância e problemática
Balanço económico e social dos últimos quatro anos de Governo PS
Portugal: A crise capitalista e o problema do desemprego
por Eugénio Rosa
Esta crise ou A Crise e os seus momentos
por Sérgio Ribeiro
A crise e a luta ideológica
por Carlos Carvalhas
Esta tem escapado ao controle das diversas autoridades públicas. Ao mesmo tempo intensifica-se o confusionismo ideológico para que tudo fique na mesma...
A crise estrutural do sistema capitalista
por Pedro Carvalho
Inquérito às despesas das famílias - Cálculo da inflação subavalia despesas com habitação
A geopolítica dos agro-combustíveis
por João Vieira
Porquê a necessidade ideológica do capital em apresentar o novo negócio sob uma capa ecológica? A resposta é uma só: para esconder aquilo de que realmente se trata, ou seja: um crime contra a humanidade.
Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN 2007/2013)
por Honório Novo
Capitalismo: a ganância do lucro - Crise subprime (*)
Uma crise de alcance planetário
por Carlos Carvalhas
Conferência Nacional do PCP sobre Questões Económicas e Sociais Propostas com futuro
Crédito hipotecário de alto risco e crise financeira
Área industrial - Crítica à política dos sucessivos governos
Todavia, devemos interrogar-nos se efectivamente tem havido, pelo menos nos últimos 10/15 anos, uma política industrial, considerando desde já, por razões metodológicas, que a existência de uma política industrial pressupõe objectivos coerentes claramente definidos e localizados no tempo, meios e responsáveis pela sua concretização. E tudo isto com a missão de fortalecer e melhorar o desempenho da indústria transformadora, naturalmente numa perspectiva dinâmica de adaptação ao meio envolvente, potenciando as suas forças e atenuando as suas fraquezas, e tudo, se possível, com a maximização da utilização dos nossos recursos e energias internas.
Assimetrias de desenvolvimento - A pequena geopolítica da grande exploração
por Anselmo Dias
Tem sido repetidamente afirmado que o espaço do nosso País é profundamente assimétrico, quer quanto ao tecido produtivo, quer relativamente à distribuição da riqueza, quer, ainda, no que diz respeito aos salários, aos indicadores sociais e aos índices de conforto da população.
Reconstituição monopolista e parcerias público-privadas
Têm sido múltiplas e diversificadas as formas assumidas pelo já longo processo de reconstituição monopolista em Portugal, formas que vão desde a abertura ao capital privado de sectores de actividade económica que até aí lhe estavam vedados, passando pelas privatizações - primeiro de empresas participadas e públicas do sector público empresarial e depois de serviços da Administração, mesmo que correspondendo a funções de Estado, seguindo-se o alargamento aos processos concessionários e de actividades económicas partilhadas entre o Estado e o grande capital privado.
Os grupos económicos ontem e hoje - Contextos diferentes um mesmo papel
O Estado e a economia de casino ao serviço da acumulação capitalista
por Anselmo Dias
Indústria siderúrgica em Portugal. Uma retrospectiva oportuna
por Pedro Proença
Globalização, a ofensiva do capital e a crise estrutural do capitalismo
por Pedro Carvalho